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sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Crises de Birra, esteja preparada (o) para lidar com ela...!

Comportamento


Eu quero, eu quero, eu quero!

Crises de birra são comuns entre os pequenos. Como elas podem acontecer na escola também, esteja preparada para lidar com a situação

Por Mariana de Viveiros
Quando buscar ajuda
Ao perceber que determinado aluno se descontrola e faz birra frequentemente e que não consegue lidar com a situação nem conversando nem usando os combinados, o professor deve chamar os pais para uma conversa. "É preciso perguntar se a criança tem o mesmo comportamento em casa e se há algum fato que esteja provocando as crises, por exemplo, separação dos pais, nascimento de um irmão etc.", orienta Maria Dolores. Após essa conversa é possível saber se a criança precisará da ajuda de um psicólogo. É esse profissional que pode fazer um diagnóstico para saber se será necessário acompanhamento de outros profissionais, como fonoaudiólogo e neurologista, por exemplo.
Quando é normal?
De acordo com a pediatra Ana Maria Escobar, a birra é normal entre 1 e 2 anos de idade, quando a criança ainda não sabe falar e se expressar, embora já entenda o sim e o não, o pode e o não pode. "A partir dos 3 anos não é mais normal, porque ela já pode usar a fala para contra-argumentar", diz. Mas Maria Dolores conta que já deparou com crianças birrentas de até 7 anos. "Isso acontece quando a criança não aprendeu que a birra não funciona, não aprendeu a lidar com a frustração, ou seja, de certa forma foi estimulada a conseguir as coisas na base do berro", afirma. "Quando a criança já sabe falar, a birra passa a ter características de malcriação, pois ela briga de 'igual para igual' com adultos, falando coisas como 'eu mando', 'eu quero', 'é meu', 'eu te odeio' etc.", completa. Para Carmen Silvia o ambiente escolar enfraquece a birra. "Crianças que vão à escola desde pequenas tendem a ser menos birrentas, pois se tornam mais sociáveis e aprendem que precisam seguir regras".

Dica esperta!
Na hora de falar "não" para a criança o adulto deve ser seguro e olhar nos olhos dela sem desviar o olhar. "Os pais conseguem fazer isso melhor que as mães, que têm o coração mais mole e ficam com dó ao presenciar o choro sentido", afirma Maria Dolores.


Dica de leitura!

Dani Furacão
Daniela, a Dani Furacão, relata diferentes situações em que explode de raiva. Quando é contrariada, suas explosões geram problemas de relacionamento com amigos e familiares. Até que, com a ajuda dos pais, ela percebe que bater ou gritar não soluciona os problemas. Pelo contrário, cria outros. Ela aprender que o diálogo e o respeito trazem muito mais alegria e harmonia para a vida. Autora: Carmen Lucia Campos Ilustrações: Cecília Esteves Editora: Escala Educacional Preço: R$ 19,90 Onde encontrar:
www.escalaeducacional.com.br


Parceria com os pais
A coordenação do Centro Objetivo promoveu uma mesa redonda com os pais para ajudá-los a lidar com a birra dos filhos. "Formamos um círculo e os pais foram contando suas experiências. Depois eu e outra psicóloga da escola os orientamos a lidar com esse comportamento comum na infância", conta Maria Dolores.


FONTE Uol notícias

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Será que me tornei viciado em Trabalho [workaholic]?

Comportamento
Um 'papo amigo' sobre emoções, sentimentos, autoconhecimento, autoestima e psique
Será que me tornei viciado em Trabalho [workaholic]?
"O vício em trabalho pode ser atraente ao impedir a experiência das próprias emoções"
O trabalho em excesso muitas vezes tem inconscientemente o intuito de não ter tempo para pensar. O vício em trabalho mantém muitas vezes as emoções dolorosas afastadas da consciência, ou seja, pode representar uma fuga das emoções mais profundas.
É como uma droga, onde são necessárias doses cada vez maiores para se alcançar os mesmos resultados e, como todas as drogas, não consegue mascarar a dor indefinidamente, ainda que a princípio ninguém assuma a presença de alguma dor.
Para muitos é um total absurdo sequer pensar que o trabalho excessivo possa ser um sinal de que esteja fugindo de algo. Não podemos negar as responsabilidades assumidas, as contas a serem pagas, a competição acirrada nos grandes centros comercias, mas tudo deve ter um equilíbrio. E quando a atenção está voltada muito mais para apenas uma área da vida é preciso reavaliar tudo.

Também não me refiro a uma fase da vida em que é preciso conciliar trabalho, faculdade, vida pessoal, onde a sobrecarga é inevitável, pois está em fase de preparação para uma vida.

O vício em trabalho pode ser atraente ao impedir a experiência das emoções. Um workaholic passa de um projeto a outro, ou até de um emprego para outro, sem nunca parar e analisar se é mesmo o que quer para si. A compulsividade é tão intensa tanto em um projeto, como em qualquer outro.
Trabalha durante horas, sem interrupção, não apenas para concluir um projeto como acredita, mas para se anestesiar. Quanto mais trabalha, mais precisa trabalhar. A única emoção experimentada é a satisfação temporária que surge com a conclusão de algum projeto, que é logo substituído pela necessidade de realizar alguma outra coisa. Mesmo apesar do cansaço, da fadiga transformando-se em exaustão, estresse, correndo o risco de adoecer gravemente pela sobrecarga, não consegue parar. Trabalhando exaustivamente não há tempo para pensar sobre outras coisas, e principalmente, não há tempo para sentir.
Pode atingir tanto homens como mulheres.

Os homens em geral se afastam da família, esposa, namorada e filhos. Tudo que possa representar emoções ou entrar em contato com seus verdadeiros sentimentos. Ir para casa cedo e se deparar com uma mulher que irá cobrá-lo por sua ausência ou que quer conversar sobre a relação, poderá fazê-lo entrar em contato com o significado de manter o casamento, assunto o qual não quer falar. Afoga-se em trabalho, chega mais tarde para não ser confrontado e o círculo vicioso se mantém.

O mesmo acontece com mulheres, independente de terem uma carreira profissional. Umas trabalham fora e em excesso, outras se ocupam dos cuidados com os filhos, a casa, a ponto de esquecerem que há um casamento, uma vida em comum, uma vida própria, esquecendo-se de si mesmas. A fuga para o trabalho, seja criar os filhos, ficar até tarde no escritório diariamente, sair de um trabalho e entrar em outro, pode ser o seu jeito de permanecer na escuridão de seus sentimentos, pois a atividade excessiva impede de pensar sobre o que sente, pois nunca há tempo para isso.

Quem acorda às seis horas da manhã, toma banho, leva os filhos para escola, vai para academia, depois para o trabalho, onde começa uma reunião atrás da outra, e quando bate uma fome pede por telefone um sanduíche que irá comer no mesmo local. Afinal, não há tempo para se alimentar, quem dirá para ligar para casa, saber se todos estão bem e ainda correr o risco do outro lado da linha alguém contar algum problema, nem pensar! Depois que a maioria das pessoas no escritório vão embora, ele continua. Ir para casa e encontrar todos acordados? Ou mesmo quem mora só, ir para casa e ficar sozinho com os próprios sentimentos? Ter silêncio suficiente para ouvir sua própria voz?

Para não se correr nenhum risco, o melhor mesmo é ocupar o tempo, o máximo que for possível, fazendo de conta que se está seguro (a) enquanto trabalha, seja com as necessidades dos filhos, da casa, fazendo de cada tarefa uma exigência urgente a ser cumprida, tendo a certeza de que realmente estará seguro (a).

Do quê? Para evitar entrar em contato com as insatisfações que algumas das áreas de sua vida proporcionam? Para não enfrentar a dor que determinada situação está lhe causando?
Se suspeita ou tem certeza que é um compulsivo no que faz, pergunte-se:
- Minhas atividades/projetos são mais importantes do que as pessoas que amo?
- Nunca tenho tempo suficiente para fazer tudo que preciso?
- Sinto que tenho que estar envolvido em alguma atividade o tempo todo?
- Mesmo cansado, não me permito parar?
- Fico impaciente sempre que sou interrompido?
- Será que minhas atividades estão encobrindo algum sentimento?
Se responder sim a qualquer uma das perguntas acima, explore melhor seus sentimentos em cada área de sua vida.

- Como está sua vida afetiva? Está próxima de como gostaria que estivesse? O que tem feito para isso? Há quanto tempo não conversam sobre o relacionamento ou expressa o que sente verdadeiramente?

- Está sozinho? O que isso representa para você? Tem aproveitado esse momento para elevar seu autoconhecimento e fazer mais coisas por si mesmo?

- Está trabalhando no que gosta?

- O que tem feito por você e por aqueles que ama?

- Tem tido tempo para dar um telefonema no meio do dia para saber como estão ou só para dizer a alguém o quanto ama?

Depois de toda essa reflexão é bem provável que perceba que nem tudo está como gostaria que estivesse, mas é preciso ter consciência que enquanto continuar fugindo, tudo permanecerá como está e nada mudará. Se for assim que quer passar os próximos anos de sua vida, mantenha tudo igual. Mas se dentro de você algo lhe clama por ser mais feliz, pare de fugir, permita-se ter mais tempo para saber o que sente e por que sente. Perceba que sua vida pode ser muito mais do que se envolver em atividades de modo compulsivo. Quanto mais fugir, mais estará adiando esse momento.


por Rosemeire Zago

 
Rosemeire Zago
é psicóloga clínica com
abordagem junguiana
>> Mais informações >>

Fonte: http://www2.uol.com.br/vyaestelar/comportamento_workaholic.htm

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Evangelismo de rua

EVANGELISMO DE RUA


Se você deseja evangelizar as crianças do bairro ou da redondeza esta é uma ideia simples e bastante interessante.  
Bom, para começar qualquer trabalho é necessário planejamento, afinal, com organização tudo correrá bem. Então comece organizando uma equipe de pessoas dispostas a saírem para convidar as crianças do bairro, essa equipe pode ser formada por pessoas de diversas faixas etárias como; adolescentes, jovens, adultos e até mesmo pelas crianças maiores.
Eles podem estar vestidos de uma maneira bem atrativa, com roupas e chapéus coloridos, com buzinas e apitos e é claro o mais importante, com os convites que tenham o endereço da igreja e o horário do evento para as crianças. Este tipo de trabalho pode acontecer no dia ou na semana de algum evento especial na igreja como EBF, congresso infantil, uma festinha especial na escola dominical ou um culto de evangelismo para crianças.
O grupo pode ir pelas ruas do bairro de preferencia em um final de semana onde as crianças não estão na escola, ou em um dia de semana depois das cinco quando eles já retornaram das aulas.  Outra sugestão interessante é que pode ser feito também na saída da escola, ou se houver a permissão da direção de classe em classe para um convite rápido e objetivo.
Para elaborar o cartãozinho do convite use sua criatividade, pode ser feito a mão como uma lembrancinha, ou use o nosso modelo abaixo que pode ser impresso e acompanhado de um docinho que é claro, eles adoram!
Caso as crianças convidadas forem de um bairro distante da igreja ou do evento,  você pode marcar um local e um horário onde haverá uma condução para busca-los, e não esqueça de avisar a que horas estarão retornando,  dando assim mais segurança aos pais e responsáveis.
Agora um detalhe muito importante: Ao receber seus convidados na igreja não se esqueça de dar um lugar especial para eles, com uma recepção calorosa e alegre, afinal depois de tanto esforço os que se interessaram em comparecer devem saber que sua presença é muito importante.
E para finalizar, não esqueça da oração, pois as adversidades se levantarão mas no poder da oração elas cairão por terra.   
Agora uma dica que vale não só para este trabalho mas, para diversas áreas na obra de Deus: Se você não conseguiu tudo que desejava para começar o projeto, se as pessoas que você pensou que te ajudariam não se dispuseram a estar contigo, não desanime, organize-se com o que você tem e comece conforme as suas possibilidades, que o Senhor te ajudará, as vezes se esperamos ter tudo que sonhamos para começar  algo, nunca começaremos.
Que Deus te abençoe
Tia Pri


segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Cada vez mais cedo crianças viram pastores e preocupam psicólogos

EVANGELISMO

OVELHAS NO LUGAR DE PASTORES

Cada vez mais cedo crianças viram pastores e preocupam psicólogos

De terno, gravata e olhar sério. É assim que Matheus Moraes, 13 anos, divide as atividades escolares, brincadeiras, aulas de música e partidas de futebol com algo que considera muito mais importante. Ele é um dos precoces pastores mirins que estão tomando os púlpitos de igrejas evangélicas, crianças que se destacam pela desenvoltura da fala, surpreendem com a capacidade de raciocínio rápido e boa memória, e se tornam quase que imediatamente responsáveis pela conversão de centenas de fiéis.

Como Matheus, a estudante Ana Carolina Dias, hoje com 17 anos, foi uma das primeiras crianças a se tornar pregadora no Brasil. Iniciou sua carreira aos quatro. Aos sete, um vídeo em que aparece pregando foi publicado no Youtube, virou funk e bateu recorde de audiência. A postagem original foi vista quase 2 milhões de vezes. A “Menina Pastora”, como ficou conhecida, permanece na igreja até hoje. Além de pregar quase diariamente para centenas de fiéis, participa de congressos e eventos em todo o País. Paralelamente, estuda Física na Universidade Rural do Rio de Janeiro.

Os dois, filhos de pais evangélicos, são considerados pedras preciosas para as igrejas. Colocados à frente das pregações, sensibilizam centenas de fiéis e mantêm uma agenda lotada. Matheus, por exemplo, já gravou 30 DVDs com louvores e cantos, à venda em seu site. Acumula as funções de pastor, cantor e estudante. Viagens são rotina em sua vida. 

Da mesma forma, Ana Carolina conheceu a Europa para pregar e atualmente coordena a vida particular com inúmeras funções na igreja. Mas o que desperta orgulho na família e faz sucesso nos púlpitos das igrejas também causa apreensões, especialmente de psicólogos. Afinal, a responsabilidade de mobilizar multidões frequentemente pode pesar, embora na maioria das vezes o talento destas crianças seja encarado meramente como uma vocação, e não obrigação. 

Filho de peixe

Francinete Moraes fez cirurgia para não engravidar após dar à luz seu terceiro filho. Mesmo assim, depois de 13 anos, teve Matheus. Ainda bebê, o menino ficou em coma em função de problemas respiratórios e, durante o período, a família se debruçou em súplicas e orações. Para eles, sua sobrevivência foi um milagre e seu pai, Juanez Moraes, frequentador da Assembleia de Deus, virou pastor. Três anos depois, era Matheus que, ainda sem saber falar todas as palavras, pregou na igreja pela primeira vez. “Lembro perfeitamente: foi na cidade de Estrela Dalva, no interior de Minas Gerais, eu nem sabia falar direito”, conta o menino. Aos seis anos, já era reconhecido como um pequeno missionário.

A história de Carolina é semelhante. Quando tinha apenas três anos, teve uma inflamação que afetou seu intestino e garganta. Ficou internada durante dez dias e, segundo o pai, o pastor Ezequiel Dias, foi desenganada pelos médicos. “Ela faleceu em meus braços, até que orei a Deus e a Carolina voltou à vida. E voltou servindo a esse Deus”, diz ele, que fala pela filha e cuida de todos os seus interesses. “Mesmo falando errado, pois era criança, pregava a Palavra”. Desde então, Carolina nunca mais deixou de pregar. Ezequiel garante não ter havido pressão familiar e afirma que a menina jamais teve problemas para conciliar suas funções na igreja com os estudos.
Matheus também afirma que nunca foi pressionado para seguir a vida religiosa. “Nunca deixei e nem deixo de fazer nada por conta do Evangelho. Eu tenho uma vida normal, como toda criança: jogo bola, vou à escola [ele está no sexto ano do Ensino Fundamental, na escola particular Santa Mônica, no Rio de Janeiro], convivo com amigos”, ressalta o garoto. “Faço tudo o que as demais crianças fazem, mas com responsabilidade, pois tenho um compromisso com Deus”.

O fato de pregar hoje para multidões não parece incomodá-lo: “Eu sabia qual era a minha missão. Deus tinha uma promessa para mim. Tive certeza da minha vocação aos cinco anos, quando estava louvando em uma igreja do Méier e Deus falava comigo sobre a cura”. Matheus admite suas atividades religiosas são motivo de preconceito: “Hoje, 70% dos meninos querem ser jogadores de futebol e sinto que sou discriminado por pregar a Palavra, pelo fato de correr atrás da Bíblia. Eles não gostam, encarnam em mim. Não sou um garoto admirado”.

Ana Carolina e Matheus entendem que foram escolhidos. Para eles, a função exercida é, sobretudo, uma vocação. Mas nem todos concordam. Pastora há cinco anos de uma das igrejas da Assembleia de Deus, a teóloga Maria Vita Umbelino diz ver “quase diariamente” crianças sendo levadas pelos pais até a igreja para se transformarem em pequenos pastores. “No meu Ministério eu não tenho criança pregando, sou contra”, diz ela. “Esse período é de aproveitar as brincadeiras típicas da idade e esperar pelo amadurecimento”. Segundo Maria Vita, a escola bíblica oferecida pela igreja já é “mais do que suficiente para o primeiro contato dos jovens”.

A pastora acredita que a iniciação precoce na pregação resulta no desinteresse futuro de seguir o caminho da fé. A psicóloga especializada em terapia familiar Aldvan Figueiredo concorda, explicando que o contato das crianças com a espiritualidade é comum e geralmente despertado entre os cinco e sete anos de idade. “Os pais não precisam se preocupar, desde que o interesse ocorra naturalmente”, explica. “Após esse período, as crianças tendem a se desligar desses assuntos”. O perigo, segundo ela, está em obrigá-la a ingressar em rotinas religiosas cedo demais. “A atitude pode causar danos emocionais e afastar de vez essas crianças da religião, tornando-se um trauma na vida adulta”. 

Rita Kather é professora de psicologia da PUC-Campinas e tem uma opinião mais radical. Ela acredita que o reforço precoce de uma escolha, seja ela religiosa ou artística, dificulta o desenvolvimento e o interesse da criança por outras áreas. “Uma vez que essa criança começa a desempenhar bem o papel, raramente sua vida tomará outro rumo”, diz. “As crianças não devem ser incentivadas a tomar decisões logo nos primeiros anos de vida”. 

Rita ainda considera perigosa a exposição das crianças. “Nesta idade, nem as habilidades ainda foram totalmente desenvolvidas”, pondera. “A religiosidade é importante, mas esse contato da criança com o mundo religioso precisa ser suave. É nobre cultivar a religião para um mundo de paz, mas isso deve ser natural”. Para a professora, raramente a criança irá expressar nitidamente sua insatisfação em cumprir um papel que agrada aos pais. 
Ezequiel insiste que a vida da filha sempre foi saudável. “Ela teve uma infância tranquila, brincou, viajou o mundo. Conheceu lugares como a Europa, esquiou, fez coisas que eu não teria condições financeiras de bancar. E tudo isso por meio da pregação da Palavra”, compara. Hoje, Ana Carolina é líder da Mocidade, o grupo dedicado a jovens dentro de sua igreja, e auxilia o pai nos cultos. “É uma sensação indescritível ser pai de uma missionária. Creio que milagres não se explicam, não se justificam, e a minha filha é um milagre de Deus”, diz ele.

Data: 5/10/2011

Fonte: Ig / Portal Creio http://creio.com.br/2008/noticias01.asp?noticia=15533

Projeto de Lei quer proibir que pais batam em crianças

COMPORTAMENTO

LEI DA PALMADA

Projeto de Lei quer proibir que pais batam em crianças

    Em audiência pública, ontem, na Câmara dos Deputados, representantes de conselhos nacionais sugeriram o aperfeiçoamento do PL 7672/10, que proíbe castigos corporais em crianças e adolescentes.
    O tema foi debatido nesta terça-feira na primeira audiência pública da comissão especial que analisa o texto.
    De acordo com o projeto, do Executivo, crianças e adolescentes têm o direito de ser educados e cuidados sem o uso de força física que resulte em dor ou lesão nem o uso de humilhações, ameaças ou ridicularizações.
    De forma geral, os representantes dos conselhos nacionais de Justiça (CNJ); de Saúde; de Assistência Social; e dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) elogiaram o projeto. No entanto, o juiz auxiliar da presidência do CNJ, Daniel Issler, ressaltou que o texto precisa ser mais claro quanto aos limites aceitáveis para a atuação dos pais.
    “Ninguém de bom senso irá defender que a violência seja aceitável como uma forma de educação. A violência não é pedagógica. Mas a educação está muito longe de ser uma tarefa simples”, afirmou. Para ele, a discussão passa por entender quais seriam os limites que os pais teriam para impor limites aos filhos.
    Issler ressaltou que o Código Penal e o Estatuto da Criança e do Adolescente já preveem punição para quem pratica maus tratos.

Vínculos familiares
    O presidente do Conselho Nacional de Assistência Social, Carlos Ferrari, acredita que a solução para a violência contra os menores está no reforço dos vínculos familiares. Para isso, ele prometeu mobilizar as entidades de assistência social em todo o País.
   Já os representantes do Conanda e do Conselho Nacional de Saúde destacaram a necessidade de investimento na formação de profissionais de educação e de saúde preparados para lidar com a realidade de crianças submetidas a maus tratos.
    A relatora do projeto, deputada Teresa Surita (PMDB-RR), também frisou que o foco não está na punição, mas sim na educação dos pais agressores. “Um pai agressor precisa de ajuda talvez até mais do que o filho. Como podemos chegar a esse pai e ajustar a família? É neste caminho que a gente quer trilhar: não é interferir na família, mas auxiliar a família para que possamos criar uma cultura com menos violência. É uma discussão de mudança de valores”, afirmou, ao ressaltar que 18 mil crianças apanham diariamente de uma forma agressiva no Brasil, segundo pesquisa de 2007.

Audiências públicas
    A comissão vai discutir o projeto em várias audiências públicas até o fim de novembro, quando deve ser divulgado o relatório preliminar. A votação está prevista para 6 de dezembro. Um pouco antes, a presidente da comissão, deputada Erika Kokay (PT-DF), pretende lançar um pacto nacional "contra a educação em forma de castigo".
    "Criar uma grande rede em nível nacional envolvendo os legislativos estaduais e as entidades da sociedade civil, na perspectiva de construirmos a formalização de um compromisso em defesa do direito de a criança ser educada sem castigos corporais nem tratamento cruel ou degradante”, explicou.
    Se aprovado na comissão especial, o projeto, que tramita em caráter conclusivo, pode seguir direto para análise do Senado.

"Lei da palmada" será educativa, diz relatora
    O foco da chamada "lei da palmada", projeto de lei em tramitação na Câmara, não será o de punir o pai que puxa a orelha do filho, disse nesta terça-feira a relatora, deputada Teresa Surita (PMDB-RR).
    A ideia, segundo ela, é criar condições para uma mudança de valores na sociedade e a elaboração de campanhas educativas por Estados e municípios. A medida também tem como objetivo manter punições aos responsáveis por graves violências a crianças e adolescentes.
    O parecer final sobre o projeto deverá definir o trabalho de professores, médicos e delegacias especializadas no encaminhamento de denúncias de maus tratos, disse a deputada, durante a primeira audiência pública realizada para discutir o assunto.
    Outras cinco serão chamadas ainda este ano, até a elaboração do parecer final sobre o projeto.
   O texto está em análise por uma comissão especial criada para discutir especificamente a "lei da palmada". Se aprovado por ela, seguirá para análise do Senado Federal.
    O projeto de lei foi criado pelo Executivo no ano passado. Prevê que crianças e adolescentes têm o direito de serem educados "sem o uso de castigo corporal ou de tratamento cruel ou degradante, como formas de correção, disciplina, educação, ou qualquer outro pretexto". O texto original explica o que seriam considerados castigos corporais e tratamentos cruéis, mas não detalha.
    Para Daniel Issler, juiz auxiliar da presidência do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), esses limites devem ser debatidos. "A discussão passa por entender quais seriam os limites que os pais teriam para impor limites aos filhos, quais as possibilidades de contenção física. Quais formas de castigo seriam possíveis de serem usadas sem que isso fosse considerado uma humilhação?"
Data: 28/9/2011 09:06:35
Fonte: Folha Online 

Portal Creio 
http://creio.com.br/2008/noticias01.asp?noticia=15488